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Sunday, October 02, 2005

Olimpíadas do Conhecimento

Equipe mineira se prepara desde 2002

Estudantes selecionados para participar da Olimpíada passaram por três etapas

Júnia Leticia

Para participar da Olimpíada do Conhecimento, os selecionados em todos os Estados do país tiveram que passar por três etapas: escolar, estadual e nacional. A exceção fica por conta de Minas Gerais, que além dessa, possui a regional entre as fases escolar e estadual. Segundo o coordenador de treinamento dos competidores do Senai-MG, Araken Namorato, dessa forma há possibilidade de que mais unidades operacionais e alunos participem da competição.

Em Minas, a preparação dos participantes para a Olimpíada começou no segundo semestre de 2002, quando foi desenvolvida a fase escolar. Em 2003, aconteceram as etapas regional e estadual e, a partir de então, foram definidos os representantes para a nacional. “A partir de janeiro, os competidores selecionados começaram a treinar de forma focada, durante oito horas por dia, com acompanhamento de seus instrutores”, conta Namorato.

Além do acompanhamento técnico, os alunos do Senai-MG receberam apoio psicológico, médico, odontológico, fisico e nutricional. “Visamos a uma preparação completa do competidor. Também foram promovidas palestras motivacionais, ministradas por especialistas da área”, completa o coordenador.

Concentração - Todos os 373 participantes brasileiros da Olimpíada estão concentrados desde o dia 2 de agosto na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Venda Nova. Durante a estadia, que termina dia 11, eles participarão de atividades físicas, de relaxamento e dinâmicas. “Serão atividades de integração para aliviar o estresse e o nervosismo da competição”, informa Namorato.

Ao contrário de outras edições, as Olimpíadas do Conhecimento de 2004 terão uma participação a mais na equipe mineira. Nessa edição, seis portadores de necessidades especiais – cinco da capital e um de Sete Lagoas – também concorrerão. Em Belo Horizonte, um dos participantes é Leandro César Domingos de Oliveira, 27, que concorre na modalidade eletricista de autos. “Tivemos treinamento intensivo, com um aprofundamento maior nas aulas práticas. Participar da Olimpíada é muito importante porque, além de testar conhecimentos, abre portas para o mercado de trabalho”, informa o estudante.

Na modalidade mecânica de automóveis, o representante mineiro é Diego Tadeu de Faria, 18. Ex-aluno do curso de aprendizagem industrial, o estudante aprofundou seus estudos em mecânica e se destacou. “Venho me preparando intensivamente há sete meses. Nesse período, aprofundei meus conhecimentos técnicos e teóricos”, conta. Por isso, as expectativas do estudante com relação ao torneio são muitas. “Entre elas estão a conquista de conhecimento e maior visibilidade no mercado de trabalho.”

Competência irá apontar os melhores do país


Preparação física, psicológica e um treinamento diário intenso. A rotina de cada um dos 373 alunos do Senai que irão disputar a Olimpíada do Conhecimento é semelhante, embora os jovens participantes sejam dos mais diversos cantos do país. Todos os 27 Estados do Brasil estarão representados e a competição vai apontar os melhores alunos do Senai em 34 modalidades.

Os participantes venceram as etapas escolares e regionais antes de chegar à competição nacional. O passo seguinte será o Torneio Internacional de Formação Profissional, que será realizado em maio de 2005, na Finlândia. Um dos requisitos para participar da etapa internacional é que haja vaga na modalidade do vencedor da Olimpíada nacional. “Além disso, os vencedores terão de fazer dois simulados na área de interesse e alcançar no mínimo 85% de aproveitamento em ambos”, informa o coordenador de treinamento dos competidores do Senai-MG, Araken Namorato.

Para a etapa nacional, os participantes de todos os Estados mostram espírito esportivo, mas garantem a perspectiva de um bom desempenho. “Vamos a Belo Horizonte para ganhar”, desafia o coordenador estadual da Olimpíada em Alagoas, Marcelo Souza. Ele diz que o Estado não tem a mesma capacidade tecnológica que alguns Estados da Região Centro-Sul, mas que um nivelamento pode ser feito por meio de pesquisa e acompanhamento de empresas.

Os alunos do Amazonas vêm se preparando oito horas por dia desde março de 2003. “Eles participaram de simulados e contam com o auxílio de uma psicóloga para apoiá-los”, explica a supervisora pedagógica nas unidades operacionais, Socorro Butel. Neste ano, os alunos já participaram de três simulados em Confecção do Vestuário e dois em Panificação. O treinamento tem contribuído para a divulgação do ensino profissional.

Com o objetivo de melhorar as competências, o ensino individualizado fugiu da rotina de uma sala de aula no Mato Grosso do Sul. Para simular o ambiente da Olimpíada, os competidores participaram de rodízios. O aluno de uma cidade foi avaliado por um professor que ele não conhece para aproximá-lo da realidade da competição. “A preparação forma os alunos para o espaço nacional, mas a realidade é regional”, reconhece a coordenadora regional da Olimpíada do Mato Grosso do Sul, Dalva Garcia de Souza.

Exames de saúde e o treinamento em empresas são investimentos que, associados ao bom desempenho na última competição – quando o Paraná ganhou a medalha de ouro em Design de Moda – aumentam o otimismo em relação à etapa nacional. “Temos boas expectativas em todas as modalidades”, afirma o coordenador regional da Olimpíada do Paraná, Gilberto Baggio.

Diferentemente de outros Estados, em que os treinamentos começaram em 2003, no Rio de Janeiro os alunos treinam desde maio deste ano. Começar a treinar mais tarde, não desanima a coordenadora regional da Olimpíada do Conhecimento, Marcela Schiavo. “A nossa expectativa é muito boa”, diz.

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