O Tempo - Cadernos Especiais

Sunday, October 02, 2005

Meio Ambiente

Desmatamento só com autorização

Júnia Leticia

O desmatamento é uma realidade presente em várias áreas do mundo. Mas o que muitos não sabem é que há regras que devem ser consideradas para se promover o corte de árvores. Segundo o comandante do 1º e 2º Pelotões da 7ª Companhia da Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais (PMMAmb/MG), tenente Écio Antônio Bello, até 80% de uma região no Estado pode ser desmatada. “O corte de árvores pode ser autorizado, considerando-se a finalidade do desmatamento e o tipo de vegetação a ser cortada”, conta o tenente.

Nas regiões em que a vegetação predominante é o cerrado, pode-se obter autorização para desmate de até 80% de uma área. Há também as unidades de conservação de uso sustentável que, segundo o comandante do 1º e 2º Pel/7ª Cia. da PMMAmb, podem ser exploradas para turismo ecológico. “Nelas pode haver o desmatamento de árvores que atingiram determinada idade, de acordo com sua espécie. Mas mesmo assim elas têm de ser replantadas”, conta.

Já para regiões remanescente de Mata Atlântica há outra legislação. “Segundo a lei, esses locais, por equipararem-se a áreas de preservação permanente (APPs) e a unidades de conservação (UCs), devem permanecer intocados”, ressalta. De acordo com o Código Florestal brasileiro as APPs são áreas cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Já as UCs são áreas protegidas criadas pelo poder público ou por particulares que têm por objetivo central manter os recursos naturais em seu estado original.

Entretanto, em casos de utilidade pública ou interesse social, mesmo as APPs e as UCs podem ser desmatadas. “Quando há necessidade da construção de uma ponte, por exemplo”, aponta o tenente. Há regiões em que os desmatamentos nunca serão permitidos. “Os parques nacionais, por exemplo, pois são considerados unidades de conservação de proteção integral”, informa.

Em se tratando de propriedades rurais, tem de haver uma reserva florestal de pelo menos 20% (reserva legal) do total da propriedade. “Para isso, o técnico o IEF vai até a propriedade e demarca a área, que posteriormente será averbada junto à escritura do imóvel”, informa o analista ambiental do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), Jaime Eulálio de Oliveira.

O analista do Copam adverte que, uma vez feita a demarcação da reserva legal, o proprietário está proibido de mexer na área. “Se houver corte de alguma árvore, ele pode ser autuado. O que pode se feito é a relocação do espaço de reserva florestal, mas isso vai depender de parecer do IEF, após vistoria no local”, informa Oliveira.

Multas pesadas tentam evitar abusos

As multas para quem comete infrações referentes ao corte de áreas verdes são pesadas. Segundo o analista ambiental do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), Jaime Eulálio de Oliveira, o Estado de Minas Gerais pode aplicar a Lei Federal 4.771/65 do Código Florestal e a Lei 14.309/02, que dispõe sobre a política florestal e de proteção à biodiversidade no Estado de Minas Gerais. O analista ambiental citou algumas das penalidades previstas pela lei.

“Segundo a Lei 14.309/02, quem explorar, desmatar, destocar, suprimir, extrair, danificar ou provocar a morte de floresta e demais formações de vegetação, ou dificultar a regeneração natural sem prévia autorização do órgão competente ou em área superior à autorizada em até cinco hectares em formação campestre está sujeito a multa de R$ 100 por hectare”, informa Oliveira. Acima de cinco hectares em formação campestre, o analista ambiental do IEF diz que a multa é de R$ 150 por hectare, até cinco hectares em formações florestais, R$ 200 por hectare e acima de cinco hectares em formações florestais, R$ 300 por hectare. “Esses tipos de infração estão sujeitos também, além de multa, ao embargo das atividades, à apreensão dos produtos e equipamentos e materiais utilizados diretamente na atividade, bem como a reparação ambiental”, informa Oliveira.

Desmatar ou suprimir qualquer forma de vegetação para extração mineral, em área de domínio púbico ou privado, ou área de preservação permanente ou de reserva legal sem prévia autorização do órgão competente, também constituição infração prevista na Lei 14.309/02. “Nesses casos, a multa é de R$ 1.000 por hectare ou fração, além de embargo, reposição florestal, apreensão do produto extraído, apreensão dos equipamentos utilizados e reparação ambiental”, esclarece o analista ambiental do IEF.

Projeto prevê recuperação da Mata Atlântica


Júnia Leticia

Com o objetivo de promover ações de proteção, recuperação e uso sustentável da região da Mata Atlântica em Minas Gerais, o governo do Estado implementou, em abril de 2003, o Projeto de Proteção da Mata Atlântica (Promata/MG). O programa é resultado do acordo de cooperação financeira internacional celebrado entre os governos mineiro e alemão por meio do Banco Kreditaustalt für Wienderaufbau (KfW), braço financeiro de cooperação internacional da Alemanha.

Segundo o coordenador do Promata pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Eduardo Grossi, o governo alemão está disponibilizando, por intermédio do KfW, recursos da ordem de 7,6 milhões de euros – cerca de R$ 28 milhões – a fundo perdido, ou seja, não reembonsáveis, pelos quatro anos de duração do projeto, que poderá ser renovado por mais um ano. “Já o governo do Estado entra com a contrapartida de 6,5 milhões de euros – aproximadamente R$ 23 milhões – provenientes da compensação ambiental devida pelas empresas que, na sua implementação, trazem algum impacto ambiental”, esclarece. O restante é referente a gastos de custeio que já são normalmente despendidos pelo IEF no desenvolvimento de suas atividades.

Ações emergenciais

As atividades do Promata começaram em outubro com ações emergenciais, como combate e prevenção a incêndios florestais. “Atualmente estamos com obras em várias unidades e conservação e devemos iniciar os planos de manejo dessas unidades”, informa Grossi.

A coordenação geral do Promata fica a cargo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e o responsável pela execução é o IEF. O projeto tem ainda a participação do Ibama, do corpo de bombeiros e da Polícia Militar Ambiental. “Este ano, o plano de aplicação do projeto prevê recursos da ordem de R$ 8,5 milhões por parte do KfW e R$ 7 milhões da contrapartida governamental”, informa.

O projeto possui quatro grandes áreas de atuação chamadas de componentes, de acordo com Grossi. “O primeiro deles é o fortalecimento das 13 unidades de conservação na área do projeto – 11 parques e duas áreas de proteção ambiental (Apas)”, conta. Os demais, conforme o coordenador do Promata, são o monitoramento de controle e a fiscalização, a prevenção e o combate a incêndios. Além do desenvolvimento sustentável no entorno das unidades de conservação e das áreas de conectividade, que são regiões entre as unidades de conservação melhores para recuperação ou recomposição florestal.

Os recursos para o Promata serão aplicados nas regiões Sul, Zona da Mata e Vale do Rio Doce, onde, futuramente, será construído um corredor ecológico. O projeto abrange 80 mil km2, equivalente a 14% do território mineiro. “Essa extensão corresponde à área primitivade domínio da Mata Atlântica em Minas Gerais. De toda essa espécie, sobraram 10%, que correspondem à cobertura original da mata”, ressalta Grossi.

O estabelecimento de estratégias de atuação que sejam eficientes para a melhoria do controle da fiscalização dos desmatamentos, ações para melhorar o combate e o controle de incêndios, além de estratégias para estímulo ao reflorestamento com espécies nativas são medidas que já estão sendo tomadas. “A nossa previsão é de que até março de 2005 tenhamos plantado 300 hectares de florestas de rápido crescimento. Vamos promover, ainda, o cercamento de 700 hectares de áreas para recuperação de mata”, conta o coordenador.

Casa Cor

Colchões Ortobom asseguram sono de qualidade há 40 anos

Júnia Leticia

Com a política de fabricar e comercializar produtos voltados para a saúde e bem estar das pessoas, foi fundada há 40 anos, em São Paulo, a Colchões Ortobom. Adotando a mesma filosofia da empresa, foram criadas duas franquias na capital mineira. “Por sabermos da qualidade dos produtos Ortobom, optamos por investir na marca e estamos alcançando ótimos resultados”, comemora o proprietário das franquia, Juliano Américo Schmitberger.

Tamanho emprenho justifica-se pela importância que o produto tem na vida do ser humano. “O colchão é determinante na qualidade do sono. Se ele não estiver de acordo com o biotipo de cada um, estiver danificado pelo tempo de uso ou for de má qualidade, mesmo que haja todas as condições para se dormir bem, isso não ocorrerá”, informa Schmitberger.

Como as horas que uma pessoa passa dormindo correspondem a um terço de sua vida, é essencial que o produto tenha qualidade, ressalta Schmitberger. “É bom lembrar que o colchão é muito mais usado que itens como o carro, o sofá, a televisão, sapatos e roupas, por exemplo, pois utilizamo-nos dele durante cerca de oito horas por dia”, enfatiza.

Além de vender produtos de qualidade e encantar os clientes, na franquia de Schmitberger o cliente pode contar com um atendimento diferenciado. “Prestamos um serviço personalizado, no qual cada um é instruído acerca de qual colchão se encaixa ao seu estilo de vida e às suas necessidades. Tudo isso, somado à qualidade dos Colchões Ortobom, satisfazem os clientes na medida certa”, diz Schmitberger.

Outra grande demanda atendida pela loja é a de colchões ortopédicos. “Entretanto, informamos aos clientes que essa já é uma característica pertencente a todos os produtos Ortobom”, conta.

Com o tempo, fatores como a poluição e infecção por germes presentes no ar (ácaros, por exemplo), faz-se necessária a troca do colchão, como esclarece Schmitberger. “Desta forma, é aconselhável que todos os colchões devam ser trocados a cada cinco anos. Com isso, as pessoas que procuram bem-estar, dormindo bem e acordando melhor ainda, têm assegurada a sua saúde”, explica.

Nas franquias de Schmitberger, os produtos mais procurados pelos clientes são os colchões da linha ouro, com destaque para o Absolut Spring e Bellona, que são feitos de mola com tecido em jacquard. “Todos os produtos Ortobom possuem excelente qualidade e durabilidade. Com os da linha ouro não poderia ser diferente. Mas outro aspecto que chama a atenção nesses produtos é a beleza, que atrai muito aos nossos clientes”, ressalta o proprietário das franquias.

Endereços: Av. Bandeirantes, 1776 – Mangabeiras – tel.: 3287-6011
Av. Bernardo Monteiro, 1591 – Funcionários – tel.: 3273-5974


Tecnologia é o maior diferencial da Marmol


Júnia Leticia

Produzir um acabamento perfeito em mármore ou granito, sem os defeitos próprios dos produtos naturais. Com esse objetivo foi criado o Marmol Compac, material que pode ser usado desde revestimentos de pisos e paredes, até a fabricação de pias e bancadas de cozinha. Há aproximadamente três anos essa tecnologia já pode ser encontrada em Belo Horizonte, na Marmol Acabamentos, única empresa no Brasil a comercializar o produto, como informa seu diretor administrativo, José Jimenez.

A Marmol Compac é uma empresa espanhola que fabrica dois tipos de materiais, o mármore e o granito, ambos reconstituídos, ou seja, modificados industrialmente. “Em nossa loja disponibilizamos 27 cores de mármore e 35 de granito. O primeiro é constituído 95% de mármore natural enquanto o granito possui a mesma percentagem de quartzo. Os outros 5% de ambos é composto de resina”, esclarece Jimenez.

A idéia de se produzir pedras reconstituídas surgiu há 20 anos na Europa para minimizar as perdas ocorridas com a extração do mármore e do granito. “O processo que adotamos consiste na moagem da pedra para obtenção de um novo bloco, que é cortado em chapas”, explica o diretor administrativo.

O resultado da aplicação da tecnologia para a obtenção desses novos produtos é a melhoria da qualidade do mármore e do granito. “O material produzido é mais homogêneo, possui, baixa absorção de líquidos (é quase impermeável), além de ser mais resistente à flexão, ou seja, é mais difícil de se quebrar no transporte”, enumera Jimenez. Outra vantagem do Marmol é a padronização de suas peças. “As chapas possuem dimensões de 3,06 centímetros por 1,25 centímetros e a espessura uma calibragem industrial, que pode ser de dois ou três centímetros”, conta.

Marmol Acabamentos - Rua Estados Unidos, 132 A, Sion – Tel.: (31) 3285-4665


Tutto comemora 15 anos de atuação na capital

Júnia Leticia

Com a meta de atender a seus clientes em todos os segmentos da decoração de interiores, há 15 anos surgiu a Tutto, empresa genuinamente mineira. “A loja é bem diversificada, reunindo diversos objetos de arte”, informa sua proprietária, Cláudia Cunha.

Para atender aos mais variados gostos e perfis, a Tutto dispõe de um serviço de consultoria, ajudando o cliente a optar por produtos com os quais mais se identifique. “Para isso foi criado um atelier dentro da loja, que exibe projetos paisagísticos, adornos, móveis, enfim, tudo em matéria de decoração, que é o forte da Tutto, para que a pessoa tenha uma amostra do que pode ser executado em sua casa ou ambiente de trabalho”, explica Cláudia Cunha.

Ao longo de sua experiência no mercado de decoração, Cláudia Cunha nota que com o passar do tempo as tendências vão se modificando. “Estou sentido uma movimentação em prol da valorização do design e da matéria-prima brasileiros”, observa a proprietária da Tutto. Cláudia Cunha acrescenta que há até bem pouco tempo só se ouvia falar do que era criado em Milão, na Itália. “Acredito que as pessoas estão buscando algo com a nossa identidade. É um resgate da auto-estima do brasileiro”, conta.

Entretanto, a mudança de estética não implica que o design italiano seja inferior ao brasileiro, ou vice-versa. “São estilos diferentes, sendo que ambos possuem características que encantam ao público”, aponta Cláudia Cunha.

Tutto: Av. Bandeirantes, 1788, Mangabeiras – tel.: (31) 3284-8525

Educação

Tradição é marca registrada da Sopel

Júnia Leticia

Oferecer produtos de qualidade, com a tradição e seriedade de quem já está no mercado há quase quatro décadas. Essa é a política da Sopel Distribuidora de Papéis Ltda., empresa localizada no bairro Prado, em Belo Horizonte, desde a sua fundação.

Um dos segredos para se conservar a tanto tempo no mercado é a adequação à realidade que o mundo globalizado impôs, conforme diz gerente administrativo-financeiro da Sopel, Paulo Lopes. “Com o passar do tempo, vamos adaptando o nosso mix de produtos para atender às novas demandas mercadológicas”, conta.

A fidelidade aos clientes é outro ponto de extrema importância e levado à sério pela Sopel. “Esse é o grande trunfo que garantiu e garante o sucesso da instituição. Fomos praticamente os pioneiros no segmento em Belo Horizonte e desde nossa fundação adotamos essa política”, ressalta Lopes. A Sopel atende em atacado e varejo e possui um grande estoque de papéis, cartões, cartolinas, envelopes e papéis especiais para os mais devidos fins.

A qualidade no atendimento também merece destaque, como lembra o gerente administrativo-financeiro da instituição. “Com uma equipe ágil e eficiente, fatores determinantes para uma empresa manter-se competitiva, sempre buscamos o respeito e a transparência em nossas negociações.”

Para maior comodidade de seus clientes, a Sopel, instalada em aproximadamente mil metros quadrados, possui estacionamento exclusivo. Segundo Lopes, a localização da loja é privilegiada e suas instalações de fácil acesso.

Pré-UFMG: Vestibular acessível a todos

Júnia Leticia

Com o objetivo de democratizar e melhorar as condições de ensino, há oito anos foi criado em Belo Horizonte o Pré-UFMG, associação sem fins lucrativos fundada por estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A intenção dos alunos era promover igualdade de ensino para que estudantes de escolas públicas pudessem concorrer com os de instituições privadas de ensino.

O resultado do trabalho desenvolvido pelo Pré-UFMG é comprovado pelo índice de aprovações. Há três anos a instituição é o pré-vestibular que mais aprova na UFMG – 25% das vagas são preenchidas por alunos do curso – e na PUC-Minas.

Hoje, com quatro unidades na capital mineira, o Pré-UFMG também se destaca por ser a única instituição preparatória a disponibilizar material didático especialmente desenvolvido para deficientes visuais. Outro importante projeto idealizado pelo Pré-UFMG é o Jequitinhonha. Em parceria com a prefeitura do município, a instituição oferece gratuitamente moradia, alimentação e ensino durante dois anos para os estudantes da região. A contrapartida é que depois que ele se forme, volte para sua região para ser um multiplicador dos conhecimentos. Em Belo Horizonte, projeto semelhante é desenvolvido no aglomerado da Serra.

A distribuição gratuita de material para estudantes carentes, além de campanha para que ex-alunos doem as apostilas para quem não pode adquiri-las são ações que fazem parte da política social adotada pelo Pré-UFMG.

City School oferece método de ensino dinâmico em inglês

Júnia Leticia

Aprender inglês quatro vezes mais rápido do que é ensinado nas escolas de idiomas convencionais, gastando um quarto do que é pago em outras instituições de ensino de línguas. Essa é uma das propostas da City School, curso de inglês que desde a sua fundação – há aproximadamente dois anos – adota o Método Callan de ensino do idioma. “Utilizando o método, o curso todo é concluído em três semestres. A média das demais escolas é de seis anos”, conta o diretor da City School, Alexandre Miranda.

O Método Callan foi desenvolvido pela Callan School of English, que é a maior escola de inglês para estrangeiros da Inglaterra, como informa o diretor da City School. “O método foi criado na década de 60 e é utilizado por mais de 300 escolas em todo o mundo. O Callan é fácil, agradável e consegue estimular o aluno por completo”, conta Miranda.

Baseado na absorção do idioma de maneira gradual e reflexa, o Método Callan proporciona o aprendizado do inglês da mesma forma com que a pessoa desenvolveu a comunicação em sua língua materna, como esclarece o diretor da City School. “O segredo do sucesso para se dominar um idioma está na repetição constante e no falar sem pensar. Para isso é necessário desenvolver um reflexo rápido, o mesmo adotado ao se adquirir agilidade ao digitar ou ao tocar piano, por exemplo.”

Outra característica do método é privilegiar a conversação, que ocupa todo o tempo de cada aula. Por isso as turmas possuem em média quatro alunos, como diz o diretor da City School. “O estudante é encorajado a falar, pois o principal alvo das pessoas que querem comunicar-se em um outro idioma é a expressão oral e a única forma de se falar um outro idioma é falando”, constata.

Adotando um formato de “perguntas-respostas” nas aulas, os alunos ficam ativamente envolvidos em ouvir e falar, utilizando a linguagem ao máximo. “O professor mantém a aula em um ritmo acelerado para que os estudantes entendam o idioma na velocidade em que é falado naturalmente”, ilustra Miranda.

Para facilitar aos alunos a compreensão de inglês fora de aula, o professor, utilizando o Método Callan, fala com o aluno a uma velocidade de 240 palavras por minuto. “Normalmente uma língua é falada a uma velocidade de 180 palavras por minuto”, informa o diretor da City School.

Barreiras como a timidez para comunicar-se em inglês é outro ponto com o qual a City School se preocupa. “Muitos alunos quando aprendem um idioma estrangeiro têm medo de falar. Como o Método Callan é baseado grande parte em torno de perguntas e respostas, o estudante é induzido a falar, superando o medo e ansiedade ao se comunicar”, aponta Miranda.

Ciente da eficiência do Método Callan, a City School dá a cada aluno uma garantia por escrito de seu sucesso nos exames da Universidade de Cambridge ou outro exame de mesmo nível em um quarto de tempo consumido em qualquer outra escola. “Também concedemos um mês de aulas gratuitas se o aluno não for aprovado. O Método Callan tem um índice de aprovação de 95% nesses exames”, realça.

Para que os estudantes possam conferir a eficiência e a qualidade proporcionadas pelo Método Callan, a City School oferece uma semana de aulas experimentais gratuitas, caso o aluno decida não se matricular. “Temos turmas de iniciantes sempre sendo formadas, com início das aulas todas as segundas-feiras”, diz Miranda.

Aberta de segunda a sexta, das 7h30 às 21h30, na City School as aulas começam sempre metade da hora e duram 50 minutos. “O aluno pode começar, parar e recomeçar a qualquer momento que ele deseje, sem prejuízo aos seus estudos ou ao seu aproveitamento. Ele pode escolher entre estudar cinco dias por semana, que é o ideal para um aprendizado eficiente e rápido como previsto pelo método, ou três.”

Outro diferencial da escola de idiomas é o City in Company. “Consiste em um curso desenvolvido especialmente para atender a empresas. Nele trabalhamos de acordo com as necessidades e interesses das instituições, fazendo adequações de horários”, informa Miranda.

Expansão da Rede Chromos reflete qualidade do ensino

Júnia Leticia

Com a missão de preparar os alunos para vida, em 1992 surgiu o Chromos Pré-vestibulares. Em 1999, a fim de expandir a qualidade da Rede de Ensino Chromos a todas as fases da educação, foi fundado o Colégio Chromos. Atualmente há dez unidades do pré-vestibular – Centro, Pampulha, Barreiro, Santa Luzia, Venda Nova, Savassi, Betim, Sete Lagoas e duas no Eldorado – e três do colégio – Pampulha, Eldorado e Santa Luzia.

Segundo o presidente da Rede de Ensino Chromos, Walter Teixeira Batista, o preparo dos alunos passa por todos os aspectos que envolvem o crescimento humano. “A socialização e a profissionalização, questões éticas, o dever cívico, bem como a família são alguns dos pontos debatidos com os nossos alunos”, conta Batista.

Tendo em vista uma proposta de ensino avançado e totalmente diferenciado do mercado, o Chromos Pré-vestibulares tornou-se pioneiro na utilização de multimídia em salas de aulas. “Em pouco tempo, firmou-se como uma das mais bem conceituadas instituições de ensino do Estado. Por tal razão ampliou-se em dez unidades de pré-vestibular”, esclarece o presidente da Rede.

Para Batista, um dos fatores que garantem o sucesso dos alunos nos vestibulares e processos seletivos de todo país é a equipe de professores. “O profissionalismo, a dedicação e o otimismo do nosso corpo docente estimulam os estudantes a alcançar seus objetivos. São professores com larga experiência em pré-vestibulares, colégios e universidades.”

Já o Colégio Chromos, preocupado em somar na educação dos alunos, o busca, juntamente com a família, estar sempre atualizado nas últimas tendências de comportamento das crianças, adolescentes e jovens. “Proporcionamos um ensino moderno e qualificado, que capacite os alunos para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva”, como ressalta o presidente da Rede.

As inscrições para o processo de seleção para o Colégio Chromos já estão abertas. “Ele destina-se a que conheçamos os alunos que estão estamos recebendo, para que possamos melhor atendê-los em suas necessidades e especificidades”, esclarece Batista.

Exportações

Portos secos auxiliam no fluxo de mercadorias

Júnia Leticia

Terminais alfandegados de uso público, situados em zona secundária, as estações aduaneiras do interior (eadi) destinam-se à prestação, por terceiros, dos serviços públicos de movimentação e armazenagem de mercadorias sobre o controle e desembaraço aduaneiro – nacionalização de mercadorias internacionais e internacionalização de mercadoria nacionais. Atualmente Minas Gerais conta com cinco eadis, também chamadas de portos secos, que ficam nas cidades de Betim, Juiz de Fora, Uberaba, Uberlândia e Varginha.

O principal objetivo dos portos secos é aliviar o fluxo de mercadorias dos portos aeroportos e pontos de fronteiras. Segundo o gerente comercial do porto seco do Sul de Minas, Renato de Andrade Bueno, a função da eadi, que fica em Varginha, é fomentar o desenvolvimento mineiro, atendendo empresas em todo o território nacional. “Possuímos uma área de 40.000 m2. Destes, 10.000 m2 estão em área coberta e abrangem 14 armazéns alfandegados e cinco gerais, escritório administrativo e operacional, unidades da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, informa.

“Além disso, o porto seco do Sul de Minas possui o Programa de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro)”, conta Bueno. Instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária, o Vigiagro foi criado para coordenar as ações de fiscalização do trânsito internacional – chegada e saída – de animais vegetais, suas partes, produtos e subprodutos, pelas fronteiras do território brasileiro.

Os outros 30.000 m2 do porto seco do Sul de Minas destinam-se à circulação de mercadorias, entre elas o café. “Ele representa cerca de 30% do nosso volume de material exportado. Mas destacam-se também as exportações de materiais de autopeças, pedras ornamentais, eletro-eletrônicos, ração animal, componentes aeronáuticos, aeronaves e artesanato”, informa Bueno. Tal volume de movimentação de mercadorias coloca o terminal, segundo o gerente comercial do Sul de Minas, em primeiro lugar entre todos os portos secos brasileiros, que são 62 no total.

Já no porto seco do Triângulo, localizado em Uberaba, registrou um crescimento de 25% nas importações e 82% nas exportações, segundo o gerente da unidade, Gustavo Oliveira, que, alegando questões de segurança, não informou quais mercadorias transitam pela eadi. Instalado em uma área total de 42.127 m2, o porto seco do Triângulo possui uma área coberta de armazenagem de 5.674 m2. “Desses, 6.000 m2 são destinados a carga seca, 1.000 m2 a armazéns químicos, 20.000 m2 a depósito de conteiner, posto de vigilância agropecuária e da Receita Federal, balança ferroviária de 120 toneladas e rodoviária de 60 toneladas, entre outros”, informa Oliveira.

Formação garante qualidade nos negócios entre países

Júnia Leticia

Voltado para aqueles que queiram obter uma formação adequada para atender às demandas nacionais e internacionais dos negócios realizados no Brasil, surgiram cursos de graduação relacionados à área. Comércio Exterior, Administração com habilitação em Comércio Exterior e Negócios Internacionais são alguns deles.

Direcionado para aqueles que queiram adquirir uma visão estratégica dos negócios internacionais, o curso de Comércio Exterior tem como objetivo a formação técnica, com um enfoque humanista e visão crítica. A graduação possibilita resolver e solucionar problemas relacionados ao comércio exterior, valorizando a ética e a cidadania. “No Centro Universitário Newton Paiva, o curso tem uma vertente voltada para um profissional que tenha uma visão de mundo mais ampliada”, esclarece o coordenador do curso, Alexandre Miserani.

O curso de Administração com habilitação em Comércio Exterior forma profissionais para planejar, organizar e controlar o funcionamento de empresas públicas ou privadas. “Por ser uma graduação em administração, a grade curricular é composta de matérias do ciclo básico de administração e específicas do comércio exterior como marketing internacional, culturas e negociações internacionais, entre outras”, enumera a coordenadora do curso no Centro Universitário UNA, Cristiane Serpa.

Já o curso de Negócios Internacionais, que será oferecido pela Universidade Fumec a partir do primeiro semestre de 2005, além de abranger os aspectos relativos ao comércio exterior, envolverá capitais, informação e tecnologia. “O profissional será um negociador, que vai planejar, operar e gerenciar o processo negocial. Sua atuação passa pelo marketing internacional, gestão financeira internacional, além de mercados regionais e emergentes”, informa o coordenador do curso, Wellington Gaia.

A pessoa que queira atuar na área precisa, ainda, ter uma visão ampla da realidade mundial. “Mas ele não deve ser superficial, inteirando-se de questões econômicas, administrativas, entre outras”, exemplifica o coordenador da Newton Paiva. “Liderança, espírito empreendedor, flexibilidade e domínio de línguas estrangeiras também são fundamentais”, aponta Cristiane Serpa.

Como atualmente a política governamental está voltada para o comércio exterior, o mercado de trabalho para os profissionais da área tende a se ampliar. “O Brasil tem diversificado sua pauta de exportações e as compras internacionais de produtos. Com isso, o profissional está sendo demandado nas mais diversas áreas de atuação”, enfatiza Miserani.

Recém-formada no curso de Comércio Exterior, Catarina Albieri optou pela graduação por ter se identificado com as atribuições conferidas aos profissionais da área. Ainda no curso, ela conseguiu uma emprego na Dayco do Brasil Indústria e Comércio, empresa do ramo automobilístico. “O fato de ter domínio de outro idioma e meu conhecimento foram fundamentais para que eu conseguisse a vaga de analista de importação e exportação”, conta Catarina Albieri. Segundo ela, o mercado para exportações em Minas Gerais ao longo do tempo vem se tornado mais favorável aos negócios. “O Estado registra um grande desenvolvimento, mas tem potencial para crescer ainda mais”, sinaliza a analista.

Preocupação social é abordada em cursos

A responsabilidade social é outro ponto relevante que envolvem as negociações internacionais. “É necessário que os estudantes conheçam o fluxo entre as nações, sem deixar de lado a integração entre os povos”, contou o coordenador do curso de Comércio Exterior da Newton Paiva, Alexandre Miserani.

Além desses aspectos, o curso de Negócios Internacionais dá ênfase à qualidade ambiental. “Hoje há muita resistência por parte dos mercados consumidores em adquirir produtos que envolvam danos ambientais”, diz o coordenador do curso na Fumec, Wellington Gaia.

Olimpíadas do Conhecimento

Equipe mineira se prepara desde 2002

Estudantes selecionados para participar da Olimpíada passaram por três etapas

Júnia Leticia

Para participar da Olimpíada do Conhecimento, os selecionados em todos os Estados do país tiveram que passar por três etapas: escolar, estadual e nacional. A exceção fica por conta de Minas Gerais, que além dessa, possui a regional entre as fases escolar e estadual. Segundo o coordenador de treinamento dos competidores do Senai-MG, Araken Namorato, dessa forma há possibilidade de que mais unidades operacionais e alunos participem da competição.

Em Minas, a preparação dos participantes para a Olimpíada começou no segundo semestre de 2002, quando foi desenvolvida a fase escolar. Em 2003, aconteceram as etapas regional e estadual e, a partir de então, foram definidos os representantes para a nacional. “A partir de janeiro, os competidores selecionados começaram a treinar de forma focada, durante oito horas por dia, com acompanhamento de seus instrutores”, conta Namorato.

Além do acompanhamento técnico, os alunos do Senai-MG receberam apoio psicológico, médico, odontológico, fisico e nutricional. “Visamos a uma preparação completa do competidor. Também foram promovidas palestras motivacionais, ministradas por especialistas da área”, completa o coordenador.

Concentração - Todos os 373 participantes brasileiros da Olimpíada estão concentrados desde o dia 2 de agosto na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) em Venda Nova. Durante a estadia, que termina dia 11, eles participarão de atividades físicas, de relaxamento e dinâmicas. “Serão atividades de integração para aliviar o estresse e o nervosismo da competição”, informa Namorato.

Ao contrário de outras edições, as Olimpíadas do Conhecimento de 2004 terão uma participação a mais na equipe mineira. Nessa edição, seis portadores de necessidades especiais – cinco da capital e um de Sete Lagoas – também concorrerão. Em Belo Horizonte, um dos participantes é Leandro César Domingos de Oliveira, 27, que concorre na modalidade eletricista de autos. “Tivemos treinamento intensivo, com um aprofundamento maior nas aulas práticas. Participar da Olimpíada é muito importante porque, além de testar conhecimentos, abre portas para o mercado de trabalho”, informa o estudante.

Na modalidade mecânica de automóveis, o representante mineiro é Diego Tadeu de Faria, 18. Ex-aluno do curso de aprendizagem industrial, o estudante aprofundou seus estudos em mecânica e se destacou. “Venho me preparando intensivamente há sete meses. Nesse período, aprofundei meus conhecimentos técnicos e teóricos”, conta. Por isso, as expectativas do estudante com relação ao torneio são muitas. “Entre elas estão a conquista de conhecimento e maior visibilidade no mercado de trabalho.”

Competência irá apontar os melhores do país


Preparação física, psicológica e um treinamento diário intenso. A rotina de cada um dos 373 alunos do Senai que irão disputar a Olimpíada do Conhecimento é semelhante, embora os jovens participantes sejam dos mais diversos cantos do país. Todos os 27 Estados do Brasil estarão representados e a competição vai apontar os melhores alunos do Senai em 34 modalidades.

Os participantes venceram as etapas escolares e regionais antes de chegar à competição nacional. O passo seguinte será o Torneio Internacional de Formação Profissional, que será realizado em maio de 2005, na Finlândia. Um dos requisitos para participar da etapa internacional é que haja vaga na modalidade do vencedor da Olimpíada nacional. “Além disso, os vencedores terão de fazer dois simulados na área de interesse e alcançar no mínimo 85% de aproveitamento em ambos”, informa o coordenador de treinamento dos competidores do Senai-MG, Araken Namorato.

Para a etapa nacional, os participantes de todos os Estados mostram espírito esportivo, mas garantem a perspectiva de um bom desempenho. “Vamos a Belo Horizonte para ganhar”, desafia o coordenador estadual da Olimpíada em Alagoas, Marcelo Souza. Ele diz que o Estado não tem a mesma capacidade tecnológica que alguns Estados da Região Centro-Sul, mas que um nivelamento pode ser feito por meio de pesquisa e acompanhamento de empresas.

Os alunos do Amazonas vêm se preparando oito horas por dia desde março de 2003. “Eles participaram de simulados e contam com o auxílio de uma psicóloga para apoiá-los”, explica a supervisora pedagógica nas unidades operacionais, Socorro Butel. Neste ano, os alunos já participaram de três simulados em Confecção do Vestuário e dois em Panificação. O treinamento tem contribuído para a divulgação do ensino profissional.

Com o objetivo de melhorar as competências, o ensino individualizado fugiu da rotina de uma sala de aula no Mato Grosso do Sul. Para simular o ambiente da Olimpíada, os competidores participaram de rodízios. O aluno de uma cidade foi avaliado por um professor que ele não conhece para aproximá-lo da realidade da competição. “A preparação forma os alunos para o espaço nacional, mas a realidade é regional”, reconhece a coordenadora regional da Olimpíada do Mato Grosso do Sul, Dalva Garcia de Souza.

Exames de saúde e o treinamento em empresas são investimentos que, associados ao bom desempenho na última competição – quando o Paraná ganhou a medalha de ouro em Design de Moda – aumentam o otimismo em relação à etapa nacional. “Temos boas expectativas em todas as modalidades”, afirma o coordenador regional da Olimpíada do Paraná, Gilberto Baggio.

Diferentemente de outros Estados, em que os treinamentos começaram em 2003, no Rio de Janeiro os alunos treinam desde maio deste ano. Começar a treinar mais tarde, não desanima a coordenadora regional da Olimpíada do Conhecimento, Marcela Schiavo. “A nossa expectativa é muito boa”, diz.

O Tempo da Terra

Especialista exemplifica formas de preservação da água

Júnia Leticia

A conscientização sobre a importância da preservação da água para a manutenção da vida levou órgãos como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) a adotar projetos de preservação dos mananciais. Os órgãos mostram que com técnicas simples é possível conservar e recuperar as águas.

Para se executar as técnicas de preservação, o coordenador técnico da Emater, Maurício Fernandes, diz que é necessário primeiramente conhecer os tipos de mananciais existentes. “Há os superficiais, que são os córregos, ribeirões e rios, e os subterrâneos, representados pelos aqüíferos (lençóis) freáticos e aqüíferos profundos”, esclarece.

Segundo o técnico, as águas superficiais são as mais vulneráveis à poluição por resíduos químicos e contaminação por microorganismos causadores de doenças. “A origem dos aqüíferos superficiais são as nascentes, quando as águas subterrâneas afloram à superfície”, conta Fernandes.

Para se ter uma nascente com uma vazão permanente, o técnico ressalta que é necessário que essas águas sejam recarregadas. As principais fontes de recargas são as várzeas, os topos dos morros e as chapadas. “A nascente desaparece quando o nível da água subterrânea está abaixo do ponto de surgência, ou seja, de saída para a superfície”, observa.

Uma das técnicas utilizadas pela Emater para conservar os mananciais consiste no cercamento do olho d’água – local onde se verifica o aparecimento de água por afloramento do lençol freático – em um raio de 50 metros, conforme o código florestal. “Outra medida é manter a vegetação ciliar, ou seja, aquela que fica às margem do curso d’água”, esclarece.

A erosão, processo de desprendimento e arraste acelerado das partículas do solo causado pela água e pelo vento, é outro fator que compromete a qualidade das águas. Segundo Fernandes, essa terra, quando arrastada pela enxurrada, depositada-se na parte baixa dos rios e ribeirões, assoreando o canal do curso d’água. “Para esses caos, é necessário a adoção de certas medidas, como manter a cobertura vegetal do solo”, exemplifica.

Outra técnica utilizada é o plantio de nível, quer dizer, efetuar a plantação em sentido contrário ao curso da enxurrada. “Também é importante que cada unidade da paisagem seja utilizada dentro de sua aptidão. Se a terra tem capacidade para o reflorestamento e nela é plantada vegetação diferente da que pode receber, o solo fica exposto e sua capacidade comprometida”, exemplifica.

Fernandes ressalta que na hora de se planejar o uso e a ocupação de uma área, é imprescindível que a capacidade de suporte seja levada em conta. “O solo pode não absorver a água, seja no campo, quando a agricultura é mal manejada, ou em centros urbanos, nos quais o asfalto impede o escoamento das águas”, finaliza.

Técnica mineira é premiada com Minas Ecologia

Uma parceria entre o escritório regional do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG) em Poços de Caldas, no Sul de Minas, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e o departamento de água e esgoto da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas em prol da preservação e manutenção das águas resultou nos Planos de Manejo Integrado de Sub-bacia Hidrográfica do Ribeirão Ponte Alta, do Ribeirão Vai-e-volta e do Ribeirão Várzea de Caldas. A eficiência das técnicas utilizadas renderam o Prêmio Minas Ecologia 2003, conferido pela Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) e pelo Centro Universitário Newton Paiva.

“Trabalhamos com projeto de manejo integrado de bacia hidrográfica a partir de três sub-bacias dentro do município”, informa o engenheiro florestal e gerente do núcleo de floresta, pesca e biodivesidade do IEF de Poços de Caldas, .Edimilson Ferraz Ele acrescenta que para a realização dos trabalhos foi feito um estudo em que foram utilizadas plantas fotográficas de toda as nascentes e córregos. “Demarcamos, ao longo das estadas vicinais, caixas de contenção de água pluvial. Essas caixas servem para que as águas que caem em um determinado ponto fiquem armazenadas, infiltrando no solo e alimentando o lençol freático”, esclarece.

Uma das medidas adotadas no plano foi o cercamento das bacias. “Para isso, utilizamos um mourão de eucalipto e arame farpado para que os animais não destruíssem a vegetação”, diz Ferraz. Composta de mudas nativas e frutíferas, a terra é adubada e irrigada, protegendo, assim, as nascentes de erosão e assoreamento, como explica o engenheiro. “Já plantamos 730 mil mudas desde o início do projeto, em 2001. Em dezembro desse ano totalizaremos 1 milhão de mudas nativas”, conta.

Safra Agrícola

Minas tem safra recorde

Júnia Leticia

Planejamento adequado e conhecimento da realidade foram alguns dos ingredientes para a safra recorde em Minas Gerais, que registrou um aumento de 10,5% em relação a 2002/2003. Segundo a Seapa, o primeiro passo foi a realização de uma radiografia completa da agricultura estadual, levada a debate na I Conferência Estadual sobre Políticas Públicas para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio Mineiro. A Secretaria procurava também reorganizar-se e ao mesmo tempo já tirava proveito desse programa, envolvendo na busca de uma grande safra suas vinculadas: Emater-MG, Epamig, IMA e Ruralminas.

Com o suporte desses órgãos, o governo do Estado teve condições de incrementar a ação da estrutura de apoio à sua política agrícola e pecuária. Ao mesmo tempo fortaleceu o papel do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, para dar novo alento ao agronegócio e incentivar a agricultura familiar. Para revigorar o Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criou em estrutura diversas Câmaras Técnicas com a participação de mais de 200 representantes dos principais segmentos do agronegócio. Essas câmaras são responsáveis pela apresentação de estratégias de apoio aos segmentos da produção de alimentos, que são levadas ao governo do Estado para definir políticas para as atividades do agronegócio.

Os produtos com estimativas de maior produtividade na safra 2003/2004 em relação à de 2002/2003, de acordo com a Emater-MG, são o trigo irrigado, com aumento de 93,1% na produção, algodão, com 45,8%, sorgo (1ª safra), 30,9%, arroz sequeiro, 26,9%, sorgo (2ª safra), 24,4%, arroz irrigado, 16,9%, arroz de várzea, 15,6% e milho (1ª safra), 12,4%. No total, a estimativa é que a produção ultrapasse 9.5 de toneladas. No Brasil, dados do IBGE apontam safra de 119.5 milhões de toneladas, com Minas apresentando quase 10% da produção nacional de grãos.

Segundo informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2003, foram colhidos grãos em uma área total de 2,8 milhões de hectares, gerando produção de 8,7 milhões de toneladas. Nesse ano, destacaram-se o milho, a soja, o feijão, o algodão, o amendoim, o arroz, a mamona, o sorgo e o trigo. Conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) da Unidade Estadual de Minas Gerais – Supervisão Agropecuária do IBGE, em junho de 2004 os dados consolidados no Estado apontavam uma produção de 5.914.067 toneladas de grãos de milho, 2.660.272 toneladas de grãos de soja, 445.940 toneladas de feijão, 286.393 toneladas de sorgo, 213.785 toneladas de arroz, 133.927 toneladas de algodão herbáceo, 13.488 toneladas de amendoim e 2.218 toneladas de mamona.

O aproveitamento da área plantada também foi expressivo em Minas. De acordo com dados do IBGE de junho de 2004, dos 1.349.089 hectares de milho plantados, 1.315.719 hectares foram colhidos. De soja foram 92.788 hectares plantados para 92.101 hectares colhidos, de feijão 439.434 hectares plantados para 398.890 colhidos, de sorgo 92.788 hectares plantados para 92.101 colhidos, de arroz 95.702 hectares plantados para 93.784 de hectares colhidos, de algodão herbáceo 52.233 hectares plantados para 50.168 hectares colhidos, de amendoim 7.021 hectares para 6.125 hectares colhidos e de mamona 1.766 hectares plantados para 1.702 hectares colhidos.

O rendimento por hectare é outro indicativo do aumento da produtividade no Estado. Os dados do IBGE de junho de 2004 mostraram que o milho teve rendimento de 2.670 quilos por hectares plantado. De soja foram 2.457 kg/ha, de feijão 1.118 kg/ha, de sorgo 3.110 kg/ha, de arroz 2.280 kg/ha, de algodão herbáceo 2.670 kg/ha, de amendoim 2.202 kg/ha e de mamona 1.303 kg/ha.

Programa informa sobre potencial agrícola por região

A decisão de usar o agronegócio como carro-chefe para a recuperação da economia estadual foi fortalecida pelos resultados obtidos pela agricultura de Minas nesta safra. Mas é necessário mais do que os números apresentados no primeiro ano desta administração. Um dos trunfos do governo é o recém-lançado Programa Terras do Agronegócio, que o secretário de Agricultura definiu como uma “grande bolsa de arrendamento com o objetivo de incorporar novas áreas cultiváveis à agricultura mineira contando com a parceria inclusive de empreendedores de outros Estados.”

O programa, como informou a Seapa, consiste basicamente de um banco de dados com informações detalhadas sobre o potencial agrícola de cada região do Estado mais o cadastro de candidatos a arredamento de terras, os arrendatários, e proprietários de estabelecimentos rurais, os arrendadores, interessados em oferecer suas terras para arrendamento. O Terras do Agronegócio, gerenciado pela Emater-MG, divulga o potencial agrícola de cada região de Minas e possibilita também a formação de parcerias nos arrendamentos.

Por meio de seus órgãos vinculados, a Secretaria de Agricultura facilita a realização de negócios. Esse trabalho conta também com o apoio das prefeituras e das entidades dos produtores rurais, interessados em fortalecer o agronegócio em suas regiões. Trata-se de uma boa oportunidade para potenciais produtores, inclusive de outros estados, que não possuam terras ou desejem investir em plantio ou criação de animais contando com os estímulos que o governo de Minas está oferecendo para seus parceiros no projeto de recuperação da economia com a produção de alimentos.

No site do Sistema de Informações do Agronegócio de Minas Gerais (Agridata) – www.agridata.mg.gov.br. é possível acessar o banco de dados do programa Terras do Agronegócio. Os formulários para cadastramento no programa estão disponíveis no Agridata, nos escritórios locais da Emater-MG, Epamig, Ruralminas, IMA, nas sedes dos sindicatos rurais, cooperativas e Secretarias de Agricultura dos municípios.

Pronaf amplia crédito a agricultores

Um dos programas voltados para a agricultura que mereceram atenção especial do governo mineiro foi o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo o secretário-executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Minas Gerais e do Pronaf, Jorge da Costa Vicente, no início 1995, o crédito rural era pequeno e destinado a uma pequena categoria de agricultores. “Com o Pronaf, hoje há linha de crédito para cinco categorias diferentes de agricultores familiares, que chamamos de grupos”, contou.

O grupo A é destinado a agricultores assentados pelos programas de Reforma Agrária e para crédito para atividades produtivas de assentados pelos programas. O B é voltado para a categoria de agricultores não assentados pela Reforma Agrária que explorem a terra, mas que tenha renda bruta anual de até R$ 2.000. O C para agricultores cuja renda anual esteja situada entre R$ 2.000 e 14 mil reais. O D para os agricultores cuja renda anual esteja entre R$ 14 mil e R$ 40 mil. O E para agricultores com renda entre R$ 40 mil e R$ 60 mil.

De acordo com dados da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), de janeiro a junho de 2004, R$ 38.267 já foram investidos no Pronaf, sendo que R$ 10.259 destinados a investimento no grupo A, R$ 1.249 a custeio nos grupos A e C, R$ 15.881 para investimento no grupo B, R$ 6.808 a investimento e custeio no grupo C e R$ 4.070 para custeio e investimento no grupo E.

Produção de frutas também foi recorde

Júnia Leticia

Segundo o IBGE, o Estado de Minas Gerais ocupa, atualmente, a quarta posição no ranking nacional da produção de frutas do país. Em 2003, foram dois milhões de toneladas, numa área de 111 mil hectares. O abacaxi e o morango, culturas em que Minas é líder nacional, foram destaques, com produção de, respectivamente, 71,4 e 36,2 toneladas até o mês de junho de 2004, conforme relatório da Emater-MG. Outros destaques ficaram por conta da laranja (186,4 t), da banana (166,6 t) e da tangerina (23 t). No Estado, a fruticultura teve produção de 586,1 de acordo com o relatório.

Na Região Norte do Estado, a fruticultura de clima tropical é a principal propulsora econômica, ocupando, segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), mais de 20 mil hectares. A região caracteriza-se pelos projetos de irrigação, como o Jaíba, Gorutuba, Lagoa Grande e Pirapora, que aliam condições favoráveis de clima e solo à garantia de disponibilidade de água e energia elétrica que asseguram altas safras. O período seco ou de estiagem bem definidos possibilitam tecnicamente a produção de frutos fora de períodos de oferta excessiva. Entre as principais espécies cultivadas destacam-se a banana, a manga (17,2 t), o coco (10,2 t), o limão (11,5 t) e a uva (2,6 t).

A região do Triângulo Mineiro e Alto do Paranaíba é responsável por cerda de 50% da produção de maracujá, outra cultura que teve destaque, com um total de 26,7 toneladas no Estado. Segundo a Faemg, o maracujá tem os municípios de Araguari, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas e Patrocínio como principais produtores da cultura na região.

Ação governamental foi decisiva para crescimento

Júnia Leticia

Ciente da importância da agricultura para o crescimento do país, o governo do Estado de Minas Gerais tomou a decisão de utilizar intensamente, desde o início de 2003, os instrumentos de que disponibilizava para induzir ações, sobretudo em parceria, que resultem no desenvolvimento do setor. Por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o governo abriu caminhos para que os produtores rurais e empreendedores do setor buscassem a evolução de seus negócios.

Atuantes em todo o Estado, empresas e órgãos vinculados à Seapa, como Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Fundação Rural Mineira (Ruralminas), estão trabalhando em conjunto graças a um trabalho de base desenvolvido em 2003. Isso colocou agricultores e pecuaristas na direção do aumento da produção e da agregação de mais qualidade aos seus produtos.

Além da organização do sistema, outro fator de fundamental importância para a criação das bases de recuperação da agricultura e da pecuária em Minas foi a busca do governo pela identificação dos problemas dos produtores e suas expectativas. Esse diálogo resultou na escolha da melhor forma de trabalhar com o agricultor visando o aumento da produção e a melhoria da qualidade dos produtos de acordo com as exigências dos mercados interno e externo.

Segundo o presidente da Emater, José Silva Soares, o aumento da safra agrícola deveu-se à inauguração de dois novos insumos que não eram comuns. “O primeiro deles se chama decisão política, que definiu que o agronegócio estaria e está entre as prioridades para Minas Gerais recuperar o seu vigor econômico-social. O segundo é a parceria do governo com as organizações dos produtores e os agentes financeiros, que resultaram em uma força-tarefa no Estado”, ressaltou.

O presidente da Emater contou que foram realizadas 18 conferências regionais, mobilizando aproximadamente 16 mil produtores no Estado, o que possibilitou que o volume de recursos para financiar a safra pudesse chegar de forma mais desburocratizada para o produtor, na hora certa, no momento adequado. “O produtor agora pode utilizar mais tecnologia, comprar os insumos de melhor forma, recuperando, desta forma, a safra mineira.”

Já o presidente da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), Gilman Viana Rodrigues, afirmou que a política de um governo estimula o investimento e o mercado determina o produto. “Um exemplo de política interna desenvolvida pelo governo mineiro é o projeto algodão, que consistiu em um tratamento fiscal na cadeia produtiva que está estimulando o crescimento do cultivo do produto”, exemplificou.

O sinal do crescimento da agricultura no Brasil, como um todo, está ligado à demanda, sobretudo mundial, e o Brasil está se inserindo como um supridor de primeira linha, com qualidade e preços competitivos. O algodão, um dos recordes em aumento de produção em Minas, tem registrado alta de vendas no mercado externo. “Não só o algodão, como a soja, o milho e seus derivados. Começamos também a vender com expressão os produtos derivados do leite, esses que até o ano passado registraram déficit e agora há sinais de saldo positivo, com Minas sendo responsável por um terço da produção nacional”, contou o presidente da Faemg.

Liberação de crédito foi decisiva

A Seapa abriu caminho para o produtor usufruir, na safra de 2003/2004, de crédito quase três vezes superior ao oferecido no ano anterior, por meio de parcerias realizadas com as instituições financeiras. De acordo com a Secretaria, em 2003, na linha do programa “Gestão da Política Pública de Agropecuária”, o governo de Minas Gerais tomou a decisão de criar mecanismos que possibilitaram aos produtores o acesso a um volume de crédito substancialmente maior para o plantio.

Em outubro, a Seapa já previa uma safra mineira superior a 9 milhões de toneladas de grãos com base nos levantamentos das aplicações de crédito para custeio e investimento nas lavouras a partir de julho. Segundo a Secretaria, os agricultores corresponderam bem ao programa de estimulo à produção, por meio do qual foi colocado à sua disposição o crédito de R$ 2,1 bilhões das linhas de financiamento do Banco do Brasil, quase três vezes mais que o volume oferecido no ano anterior.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, posteriormente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmaram as projeções do governo. A Conab mostrou, em seu levantamento para o Brasil, crescimento de 6,2% sobre a produção física de 2002/2003, enquanto para Minas o acréscimo é de 9,1% na produção. Segundo o levantamento, as propriedades mineiras estão produzindo relativamente mais grãos que as lavouras da Região Sudeste, cuja estimativa de crescimento é de 5,2%.

As exportações do agronegócio em Minas, de janeiro a dezembro de 2003, refletem a recuperação do setor, conforme a Seapa. No grupo dos 100 produtos mais importantes da pauta exportadora, o agronegócio comparece com dez cadeias, totalizando 3.670.154 toneladas de US$ 1.792.394.000,00, representando 26,7% da exportações dos cem maiores produtos de Minas no mercado externo. Na exportação das dez cadeias, destacam-se o café, a celulose e a soja. O açúcar, couros/artefatos e carnes diversas são outros importantes produtos do agronégocio.

Pronaf - Dirigido aos agricultores familiares, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) possui a lógica de construção em uma negociação entre os agricultores familiares e diferentes setores do governo. De acordo com o secretário-executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Minas Gerais e do Pronaf, Jorge da Costa Vicente, o governo federal destinou 5,4 bilhões para o Projeto, dos quais 440 milhões foram destinados a Minas Gerais.

O número de agricultores no Brasil que foram beneficiados com o crédito aumentou em relação à safra anterior – passou de 85 mil em 2002/2003 para 127 mil em 2003/2004. Em Minas, pulou de 230 milhões para 440 milhões. “Mas temos condições de aplicar um volume ainda maior em Minas. Existem dificuldades para ampliar a aplicação do crédito e algumas começaram a ser superadas em 2003/2004”, contou o secretário. Alguns exemplos foram a criação do cartão do agricultor familiar, que facilita a obtenção de crédito rural, sistemas informatizados que os agentes financeiros que realizam o empréstimo do Pronaf utilizam para preparar as propostas e para contratar os financiamento, além da simplificação na Cédula de Crédito Rural para facilitar a contratação.

O secretário ressaltou que no Estado houve um apoio muito grande do governo para o maior desenvolvimento do Pronaf em Minas. “O próprio governador se reuniu com gerentes e superintendentes do Banco do Brasil para motivá-los para que as negociações acontecessem em um nível que todos gostariam e que Minas Gerais aplicasse o máximo de crédito”, enfatizou.

Bancos liberam crédito para compra de máquinas

As entidades financeiras que efetivaram parcerias com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento que resultaram na safra recorde foram os Bancos do Brasil e do Nordeste do Brasil (BNB). O Banco do Brasil disponibiliza linhas de crédito voltadas para comercialização, custeio e investimento para aquisições dos bens indispensáveis à produção. O Banco do Nordeste do Brasil possui o Nordeste Competitivo, programa de financiamento destinado a produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas), suas associações e cooperativas que tem como objetivo apoiar empreendimentos do setor agropecuário, visando sua modernização e elevação dos níveis de produtividade, de forma a serem competitivos em custo e qualidade.

Para atendimento das demandas de crédito, o governo e o Banco do Brasil formalizaram, em 31 de março de 2003, convênio operacional para apoio financeiro de R$ 2,1 bilhões destinados aos vários programas em curso na área rural. Tamanho investimento significou quase três vezes mais que o financiamento realizado no ano anterior, que foi de R$ 800 milhões para a safra 2002/2003.

Por meio do Branco do Nordeste, que possui sua área de atuação Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri, foram disponibilizados R$ 147 milhões para aplicações na área do agronegócio, segundo dados da Seapa. Detalha-se hoje, junto ao BNB, programa de atendimento ao agronegócio (safra 2004/2005) na sua área de atuação. O trabalho foi dirigido à cadeia produtiva do agronegócio.